domingo, 27 de julho de 2008

CRÔNICAS - "O primeiro a gente nunca esquece"

Ainda lembro o primeiro disco que comprei. Era vinil ainda. Meus olhos brilhavam. Parecia que conseguia, enfim, um prêmio.
Tinha 10 anos, e o rock era uma coisa nova pra mim. Era sucesso da época. E eu gostava de ouvir aquele som que minha Avó intitulava “maluco”.
O disco era uma coisa que ainda era usada. Alias a única coisa. Cds ainda não eram febre e acredito eu que nem eram vendidos.
Comprei e fui pra casa. Comprei usado de um vizinho. Mais mesmo assim era uma grande aquisição.
Era 1992, estava eu em casa ouvindo um disco que fora lançado em 1990, que eu já tinha a fita cassete que estava gasta de tanto que eu ouvia. Mais nada substituía o disco de vinil, com capa e letras dentro. Era “O Papa é pop”, de Humberto Gessinger e seus Engenheiros do Hawaii. Ouvia insistentemente aquela obra que considerava e considero ainda um estupendo disco de rock. Aquelas guitarras me acompanhariam durante anos a fio.
Depois desse muitos outros vieram. Coleções, vinis com tiragem limitada, vinis antigos, outros que já não eram mais vendidos, entre outras maluquices musicais.
A música e eu, ah, essa historia. Nós temos uma longa historia que esta distante de acabar. Ela não me deixa e eu nunca a deixo na mão, sempre abarroto meu armário com CDS, vinis, DVD’S e obras de diversos artistas. Com a chegada da era digital, encho meu HD com musicas e mais musicas. Não vivo sem meu mp4. Não tomo banho sem estar ouvindo um som, seja Gloria Gaynor ou Aerosmith.
Concordo com alguma comunidade do Orkut, que diz que vida devia ter trilha musical. Se tivesse a minha estaria repleta de velhos blues e canções clássicas do bom e velho rock.
Vou dar uma pausa nessa crônica e ouvir uns sons, me bateu uma crise de abstinência.
Se quiser me acompanhar, senta ai do lado que o Gary Moore vai começar a destruir suas guitarras em solos memoráveis.

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