sábado, 1 de novembro de 2008

Rádio amado, porque você se foi?




Hoje eu tentei ouvir rádio. Nunca mais tinha ligado, ele parecia algo sem função em minha casa. Logo ele que acompanhou toda me adolescência e me deu doses cavalares de prazer, ao executar meus cds e fitas. Depois de 5 minutos desliguei e vim aqui escrever isso, voltei para minhas pastas de música do meu HD. Tem um tempo que penso nisso, mais só agora resolvi escrever minha indignação.
O cenário musical nacional vem passando por uma séria crise. Uma época de vacas magras. De hits horríveis e cantores de um “sucesso”. As rádios FM ficaram impossíveis de se ouvir, só rola pagode, axé, forró e arrocha (onde vamos parar meu Deus!). Nos intervalos algum hit pobre do pop pobre que andam fazendo por aí.
Eu costumava ouvir muito rádio em meu quarto enquanto estudava, escrevia crônicas ou mesmo curtia uma dorzinha de cotovelo. Era muito bom ouvir os hits de outrora. Cantarolava, pedia músicas nas rádios para gravar em minhas fitas BASF e TDK de 60 minutos. Bons tempos. Quando queria ouvir uma balada boa era só sintonizar num rádio e logo ela chegava para alegrar minha pobre vida. Era bom ouvir clássicos do Simple Red, do Elton John e até do Fábio Jr.. Se eu ligo hoje eu ouço Calypso, D-Black e Latino, esse último pelo amor de Deus, faz uma tosqueira atrás da outra desde os tempos que usava um indefectível bigodinho.
Não tem aqui qualquer preconceito com a música nacional. Música que respeito e defendo. Mas não dá mais para ligar o rádio e ouvir música nacional de qualidade.
A música não é mais saboreada como deveria, não se curte mais ouvir música. Ela é apenas um complemento para festa, sexo ou beber com os amigos. Leia-se Raves (aquilo que eles tocam lá, é música?) e micaretas.
Essas pessoas que viram deuses na mão da mídia, que com sua falta de talento e senso de oportunismo contribuem para uma população musicalmente estúpida. Música de qualidade está cada vez mais difícil de achar, acha-se ainda, algumas coisas perdidas, mas não sem antes procurar muito. O rádio vai continuar lá, desligado, até que isso tudo passe. Acredito que vai passar. EU ACREDITO!

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